A idade real dos animais
Basta observar essa tabela com atenção para entendermos melhor os ciclos vitalícios dos cães e gatos, cuja expectativa de vida aumentou nos últimos anos, graças à popularização das rações e vacinas e aos avanços da medicina veterinária.
Um cachorro torna-se idoso quando atinge 75% de sua expectativa de vida, mas isso varia de acordo com a raça. Cães de pequeno porte, como o poodle, chegam à terceira idade aos 9 anos. Os de tamanho médio, como o cocker, a partir dos 8 anos. Já os cachorros grandes, como o labrador e o boxer, já são idosos aos 7 anos.
No caso dos gatos, cuja diferença de tamanho entre as raças não é significativa, todos são considerados idosos a partir dos 8 anos. Importante ressaltar que um fator determinante na expectativa de vida dos gatos é o ambiente em que vivem. Em geral, eles não gostam de grandes áreas ao ar livre e os que são criados em ambientes fechados e protegidos tendem a viver mais.
Assim como os seres humanos, nessa fase os animais precisam de mais carinho, porque ficam inseguros. Não é fácil conviver com totós e bichanos na terceira idade, porque eles perdem vitalidade e passam a não responder com a mesma animação aos chamados para passeios e brincadeiras.
As doenças também aparecem, especialmente as cardíacas. Grande número de cães idosos sofre de alguma alteração no coração, principalmente nas válvulas. Alguns conseguem viver confortavelmente com essas alterações sem desenvolver nenhum sinal de patologia, outros não. Os sinais são fáceis de serem reconhecidos desde que os donos sejam bem informados o que, infelizmente, não acontece.
Caso o animal fique cansado demais depois dos passeios, comece a tossir de forma que parece engasgo depois de exercícios, se a língua fica arroxeada quando ele está excitado ou se ofega muito nas mesmas situações, ele pode ter uma cardiopatia e precisa ser levado ao veterinário. Os sintomas desaparecem com medicamentos apropriados, prolongando sua vida.
Outra doença típica da terceira idade é a insuficiência renal crônica. Quando o rim já não funciona direito e não mais filtra o sangue como antes, também não consegue mais reter água. Os sintomas são emagrecimento, urina volumosa, perda de apetite, anemia, vômitos e ingestão exagerada de água. A insuficiência renal geralmente leva o cão à morte, mas se identificada mais cedo ele pode ter uma sobrevida.
A catarata, condição em que o animal perde a visão gradativamente, é outro problema comum assim como as doenças ósseas, que aparecem nas vértebras da coluna calcificadas. A hérnia de disco e a artrose também são muito comuns nessa fase da vida e o tratamento pode ser cirúrgico ou com analgésicos, anti-inflamatórios e medicamentos que estimulem a fabricação de cartilagem, mas eles também podem precisar de fisioterapia.
A alimentação é outro aspecto que deve ser bem considerado, pois a fase geriátrica implica em grandes mudanças no organismo. O ideal é que seus animais sejam alimentados com ração, pois elas são produzidas com todos os ingredientes necessários.
Seu veterinário de confiança vai indicar qual a melhor ração para cachorro ou gato nessa faixa etária em que é preciso combinar melhor os nutrientes para atender as exigências do organismo e evitar a obesidade. Em termos de nutrição, sabe-se que o metabolismo basal e a massa muscular diminuem, bem como as necessidades energéticas.
No entanto, uma das descobertas mais surpreendentes é a maior necessidade de proteína na dieta deles, a fim de preservar a massa muscular. Essa descoberta é exatamente oposta à crença que havia até então, de que os cães mais velhos deveriam receber menos proteína e que seu excesso poderia ser prejudicial ao estado geral.
Enfim, fique de olho na idade do seu animal de estimação e acompanhe as necessidades de cada faixa etária.
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