Mais cedo ou mais tarde, dez entre dez proprietários de animais de estimação se perguntam: Será que meu totó gosta mesmo de mim ou essa festa toda, que ele faz quando me vê, é só uma brincadeira? Se você tinha dúvidas, fique tranquilo e sinta-se mais confiante para investir na relação.
Há muitos anos os cientistas que estudam o assunto têm afirmado que a ligação dos animais com seus donos vai muito além das questões segurança e alimentação. E uma pesquisa que acaba de “sair do forno” comprova que, realmente, os pets experimentam sentimentos de carinho e amor.
Por que isso acontece? É que a parte do cérebro associada às emoções positivas é muito parecida em cães e seres humanos. As explicações científicas são complexas, segundo foi divulgado pela Universidade de Emory, em Atlanta, mas de um modo geral o que chama atenção é a comprovação de que quanto mais próximos dos donos, maior é a emoção canina.
O cérebro dos animais também contém partes que se ativam para muitas coisas que os humanos gostam e isso inclui dizer preferências por comida, música, etc. O mesmo vale para as emoções positivas, como amor e apego, o que significa que os cães têm um nível de sensibilidade comparável à de uma criança humana.
É por isso que os animais reconhecem seus donos pelo cheiro, que manifestam alegria quando são alimentados por eles e ficam saltitantes quando saem para passear juntos.
Ainda é cedo para se afirmar com 100% de veracidade que os pets amam mesmo seus donos, mas todos os indicativos mostram isso. Segundo os estudiosos 90% do caminho já foram percorridos, de onde se conclui que as chances de erro são pequenas.
Portanto, comece a enxergar seu totó de uma maneira mais especial. Olhe para ele como um ser que tem emoções e, nesse contexto, gosta de ser bem tratado, de sentir que faz parte da “família”. É como investir em uma relação de namorados que para ter consistência e reciprocidade precisa cultivar o carinho, a atenção e a confiança.
Outro aspecto que a nova pesquisa coloca em discussão é o fato de muitas pessoas ainda enxergarem os cães de estimação unicamente como propriedade. Mesmo nos países mais desenvolvidos, cujas leis de proteção dos animais são bastante respeitadas, os donos ainda solidificam a ideia de que eles são objetos, portanto, podem ser eventualmente descartados sem qualquer cuidado.
Não é assim! A forte indicação das emoções caninas pode e deve abrir discussões sobre a possibilidade da sociedade passar a defender os direitos do animal também com base nos achados da imagem cerebral. Seria uma mudança e tanto provocando, com toda certeza, mais consciência sobre a afetividade.
Enquanto isso não acontece, faça sua parte e o nosso conselho é que você passe a olhar para o seu cachorrinho de estimação (mesmo que ele seja grande) com mais atenção e mais carinho. É como diz aquele velho ditado: “Amor, quando correspondido, fica maior ainda!”.
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