Até bem pouco tempo a expressão vira-lata era bastante usada quando uma pessoa desejava ofender a outra, chamando-a de desqualificada. Os atritos mal começavam e alguém disparava: “Seu vira-lata, aprenda a ser gente de bem”.
Pois é, se você já fez algo assim ou testemunhou alguma cena semelhante está na hora de esquecer porque a nova versão do vira-lata está cheia de glamour. Isso mesmo: ser vira-lata agora é chique.
Basta observar pelas ruas brasileiras o grande número de pessoas que passaram a usar roupas, bolsas, mochilas, cadernos e outros objetos com a imagem de um cachorro acompanhada da legenda estampada em grande destaque.
Muitos ainda não sabem, mas a expressão vira-lata não se refere a nenhum cão em si, mas à sua condição. São aqueles animais que vivem nas ruas e, muitas vezes, mesmo sendo de raças valiosas, são abandonados por seus donos.
Assim, como renegado, doente e ao mesmo tempo lutador pela própria sobrevivência, ele passa a procurar um companheiro com o qual possa dividir suas angústias e os desafios de uma rotina cruel e muito incerta.
Felizmente no Brasil, algumas grifes estão apostando na educação das massas a fim de fortalecer a consciência pelo respeito aos animais e assim os vira-latas viraram estrelas da moda nacional, inclusive com parte da renda para às entidades destinadas a salvá-los da chamada selva urbana.
O apelo é forte e trabalha o conceito de que moda é mais do que apenas uma tendência de consumo. É a formação de uma consciência coletiva, a evolução do comportamento.
De um modo geral para criar estilo os figurinistas se utilizam de cinco elementos básicos que são a cor, a silhueta, o caimento, a textura e a harmonia. Agora as grifes estão acrescentando a esse conceito da educação, para que o vestuário também desempenhe uma função social.
Portanto, se você tiver a oportunidade de comprar ou a sorte de ganhar um presente assim sinta orgulho, pois o vira-lata agora é o cão da moda.
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