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Foto do escritorMarcos Antunes

DOENÇAS COMUNS EM CÃES E GATOS NO INVERNO (E COMO PREVENI-LAS)


As baixas temperaturas do inverno podem trazer problemas de saúde para os pets, mesmo entre aqueles que passam a maior parte do tempo dentro de casa, sob o cuidado de tutores atenciosos. Mas você sabe quais são e como prevenir as doenças mais comuns em cães e gatos nessa época? Confira abaixo.

Doenças de inverno em cães

Nos dias frios, os problemas respiratórios são as principais preocupações entre os humanos no que se refere à saúde e, no caso dos pets, não é diferente. Por isso, é preciso ficar atento ao animal, a fim de perceber o menor sintoma, logo no início da doença.

Gripe Canina

Conhecida também como “Tosse dos canis” (ou traqueobronquite infecciosa canina), a gripe canina é a doença mais comum entre os cães no inverno. Porém, pode afetar a espécie mesmo em outras épocas do ano.

A transmissão acontece por meio de vírus ou bactéria quando um cachorro doente entra em contato com um saudável, seja de forma direta ou pelas secreções respiratórias e objetos contaminados. Dessa forma, se você tem um grupo de cães em casa e um deles fica gripado, é provável que os outros também ficarão. O ideal é isolar o animal doente e seus objetos, como comedouros e brinquedos, até que ele melhore.

Semelhante à gripe dos humanos, os sintomas da gripe canina são espirros, falta de apetite, febre e tosse seca ou com secreção. Em casos graves, a gripe que afeta os cachorros pode, ainda, se tornar uma pneumonia e levar à morte do pet, especialmente se for filhote ou estiver debilitado.

Por esse motivo, é essencial que o tutor fique atento ao menor sinal de alteração na saúde do cão para que o diagnóstico seja feito rapidamente pelo médico veterinário.

Como prevenir?

A gripe canina pode ser prevenida com as vacinas intranasal (que entra no organismo do animal pelas narinas) ou injetável (inserida através da pele do cachorro). Além da medicação, evitar deixar o animal em aglomerações e não compartilhar os objetos dele com outros cães também são formas de evitar o contágio.

Cinomose

Altamente contagiosa durante todo o ano, a cinomose é uma doença viral que pode deixar sequelas e até levar o animal à morte. No inverno, porém, há um agravante que a torna ainda mais perigosa: com as baixas temperaturas, o vírus da cinomose sobrevive e se dispersa mais facilmente no ambiente.

Embora o risco seja alto entre os filhotes com até 1 ano, a doença pode se propagar entre cães de qualquer idade que não têm as vacinas em dia ou que estão com a imunidade baixa. O perigo da cinomose é grande, já que ela é a doença que mais mata os cachorros em todo o mundo – apenas 15% dos que foram contaminados sobrevivem a esse mal.

A cinomose é sistêmica, ou seja, pode atingir diversos organismos, evoluindo das alterações no sistema respiratório do cão (levando à pneumonia), até problemas gastrointestinais (causando vômitos e diarreia) e neurológicos (resultando em convulsões e espasmos). Contudo, certos animais não apresentam sintomas.

A transmissão pode ocorrer por secreções oculares, nasais, orais e pelas fezes. Mas, neste caso, o contágio pela cinomose vai além do compartilhamento dos itens ou pelo espirro do animal, já que até seu tutor pode estar com o vírus em suas roupas e calçados e fazer com que ele chegue ao pet.

Como prevenir?

A prevenção contra a cinomose acontece por meio da vacina. A primeira dose (V8) deve ser dada quando o cão tem 2 meses de idade, a segunda quando atinge os 3 meses e, a terceira, no 4º mês de vida do pet. Outra informação importante é que as vacinas que agem contra a cinomose também são eficazes contra outras doenças, como a leptospirose.

Problemas de pele

A pelagem do cão é uma importante proteção contra as variações da temperatura no corpo do animal, servindo como um isolante térmico que evita que o pet perca ou receba calor em excesso. Porém, apesar das muitas funções atribuídas aos pelos dos cachorros, eles não impedem que problemas de pele estejam entre as principais doenças que atingem esses animais no inverno.

Muitos desses problemas dermatológicos estão relacionados ao momento de dar banho nos cães em casa ou no pet shop. Hábitos frequentes como tosar o pet regularmente e utilizar água e secador em altas temperaturas, podem causar dermatites e alergias no seu animal. O uso de roupinhas inadequadas e escovação feita de forma incorreta são outros fatores que podem resultar em doenças de pele.

Caso o seu cão sofra com esses problemas, seja por conta de qualquer um dos fatores mencionados, é importante levá-lo ao médico veterinário o mais rápido possível.

Como prevenir?

Roupas para os pets (confortáveis e preferencialmente confeccionadas em malha) são bem-vindas, especialmente no caso de cães que possuem pouca pelagem. Porém, para os que têm pelagem longa e densa, fica o alerta: a vestimenta nesses animais pode formar nós nos pelos que não secam direito durante o banho, resultando em fungos e bactérias e, consequentemente, dermatite.

E, por falar em banho, é importante prestar atenção na frequência desse hábito nos dias mais frios. O ideal é dar banho no seu pet com água morna a cada 10 ou 12 dias.

Doenças de inverno em gatos

Os gatos podem até parecer mais resistentes que os cães, porém, os cuidados com esses animais devem ser os mesmos. Afinal, o inverno também pode ajudar na propagação de algumas doenças nos felinos.

Rinotraqueíte

A rinotraqueíte é uma doença respiratória que não é contagiosa para os humanos, porém, entre os gatos, é um verdadeiro perigo. O contágio acontece entre os pets quando ainda são filhotes e, uma vez que os animais têm o vírus no organismo, boa parte – cerca de 80% – continua doente por toda a vida.

A maior incidência desse problema de saúde ocorre em locais com grande quantidade de gatos e nos dias frios. Da mesma forma que a gripe canina, a rinotraqueíte é transmitida pelo contato entre os animais.

Dentre os sintomas da doença estão febre, secreção nasal, secreção ocular, dificuldade de respirar, espirros, apatia e desidratação.

Como prevenir?

A prevenção é feita por meio da vacinação, seja a tríplice (V3), quádrupla (V4) ou quíntupla (V5) que, além de proteger os gatos contra a rinotraqueíte, são fundamentais para imunizar os pets contra outras enfermidades, como a clamidiose e leucemia felina.

Além de vacinar os bichanos logo entre os primeiros 45 ou 60 dias de vida, é preciso desinfectar os objetos do animal que já está doente (cama, brinquedos, arranhadores, vasilhames) para evitar que o vírus seja transmitido para os outros da espécie que vivem na casa.

Cuidados extras com os pets idosos no inverno

Os cuidados com cães e gatos idosos devem ser reforçados em épocas mais frias, já que os animais têm o sistema imunológico mais sensível. Porém, no caso dos pets mais experientes, a preocupação vai para além dos males respiratórios, pois cachorros e gatos idosos costumam ser afetados por problemas nas articulações e, no inverno, isso tende a piorar.

Dentre as doenças ortopédicas, a mais comum é a osteoartrose, que afeta a cartilagem e diminui a capacidade de animais acima de 7 anos de se locomoverem. Também conhecida como artrose, a doença está relacionada a problemas na hérnia de disco, nos joelhos, nos ombros e nos cotovelos.

Com as dores crônicas por conta da idade avançada, que se acentuam nos dias frios, os pets tendem a brincar, correr e pular menos.

Como prevenir?

A artrose não tem cura, justamente por estar relacionada à idade. Porém, há tratamento para que os pets tenham mais qualidade de vida, como o uso de analgésicos ou métodos alternativos – acupuntura e fisioterapia para controle das dores.

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