Quem tem crianças em casa sabe como é difícil enfrentar essa primeira semana de fevereiro, marcada pela transição do período de férias para o início do ano letivo. De uma hora para outra os dias de descanso, de festa e as viagens familiares são substituídos pela rotina escolar, que exige mudanças bruscas no dia a dia da família. Para quem estuda no período da manhã, então, o choque é ainda maior, pois o relógio coloca a família de pé logo cedo.
Outro aspecto que deve ser levado em consideração nesse momento é a redução drástica do tempo ocioso das crianças, pois além de passar boa parte do dia na escola elas ainda têm a responsabilidade do “para casa” e, geralmente, outras atividades relacionadas ao aprendizado. Por causa delas, o tempo livre que era destinado ao lazer, fica bastante reduzido.
No entanto, ao contrário das crianças, os animais de estimação não têm compromissos escolares e sofrem com essa separação de seus donos, sentindo-se abandonados. Como são incapazes de entender a lógica de vida dos humanos, a tristeza se torna ainda maior porque eles também passam a acreditar que não estão mais sendo amados naquela casa.
O que fazer então?
O mais recomendado pelos especialistas é a família se envolver em uma espécie de força tarefa, para evitar que cães ou gatos fiquem afastados dos donos. Assim como acontece com as crianças, o que faz um animal feliz não é o brinquedo, é brincar, conviver com as pessoas. Em geral, a criança se volta para o brinquedo eletrônico quando está sozinha, mas se for oferecida uma alternativa, prefere.
Com os animais é a mesma coisa e eles só ficam isolados com seus brinquedinhos se essa for a única opção. O prazer deles é estar com os donos o tempo todo, portanto, quando isso não for possível o ideal é criar compensações para que eles se adaptem com mais facilidade à nova fase.
Converse com eles mais frequentemente, faça-lhes alguns afagos, deixe a água sempre fresquinha, capriche na ração e quando as crianças chegarem da escola incentive-as a ir direto até a casinha do animal. Assim, aos poucos, eles vão entender que, de agora em diante, o tempo de convívio será entremeado com as ausências na maior parte dos dias.
E como morrem de amores pelas crianças vão torcer para que, mais dia menos dia, elas voltem a ficar disponíveis o tempo todo. E vão comemorar quando as novas férias chegarem…
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